ESCOLA
NORMAL
MARIA
FERNANDA
ANTUNES DE QUEIROZ MORAIS - a entrevistada
de hoje, ainda permanece na ativa, sendo Diretora da E.M. Mestre Tonico, cujo
cinquentenário está sendo festejado neste mês.
Atuante,
moderna, sua Escola participa de todos os acontecimentos educacionais da
cidade, sempre com destaque.
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Entrevistada:
Fernanda Antunes de Queiroz Morais
Data:
16/12/2010
Fui
para a Escola Estadual “Francisco Campos” em 1975 para cursar os últimos anos
do ensino fundamental.
Para
ingressar na Escola Francisco Campos passei pelo cursinho preparatório das provas
de seleção. A professora do cursinho preparatório foi Dona Dalva Machado.
Falava muito e gesticulava muito, mas passava alegria e confiança para nós.
A
turma era enorme e as aulas aconteceram num barracão meio aberto que ficava
logo após o portãozinho de entrada para o pátio da Escola. A construção era
antiga e assentávamos em carteiras de duplas. O calor era enorme, mas me lembro
com alegria, pois tinha no cursinho a esperança de entrar para a Escola
Estadual “Francisco Campos”. Nas provas passei, em último lugar, 22ª., mas
passei.
Meus
professores na 5ª. série foram D. Neusa Graciano, Augusto França, D. Glorinha,
D. Elisinha. Minha turma era enorme e ocupava todo o espaço da sala, uma vez
que sentávamos em fileiras.
A
sala era ao lado do banheiro feminino que dava para o pátio da Escola. Era a
turma B. A turma de alunos que vieram de outras escolas. A turma A era formada
de alunos que cursaram os quatro primeiros anos nas Classes Anexas. E as turmas
não se misturavam. Havia na turma alunos humildes, mas nunca negros. Não me
lembro de nenhum.
As
aulas de que mais gostava era Educação Física, com Noêmia Ribeiro. Como não
havia na Escola onde fiz o primário, achava o máximo. Com aquelas técnicas
diferentes. Achava Noêmia Ribeiro o máximo. Esta me colocou para fazer parte do
time de vôlei da Escola. Cheguei a jogar algumas vezes, mas era tímida e não me
sobressaía.
Adorava
também ir para a biblioteca. Aquele são enorme, cheio de prateleiras e livros
enormes e belos, como a coleção de bordados de capa dura. Adorava conversar com
D. Genuína, era brava, mas gostava de conversar com ela. As janelas eram
enormes. Havia no canto esquerdo, ao fundo, os livros que não podíamos ler nem
folhear, como Jorge Amado, Machado de Assis e outros.
O
salão de cerimônias também que encantava, suas cadeiras eram lindas, os lustres
eram maravilhosos. Tudo naquela Escola me encantava. Pois já a conhecia desde
pequena, pelas histórias que minha mãe contava.
Depois,
no Curso de Magistério, passei a gostar mais ainda da Escola, pois minha prima
Lygia e Tia Altina me encantavam com suas histórias.
Após
concluir a 8ª. série não queria fazer o magistério, sob o científico. Mas mamãe
insistiu tanto que fiz o Curso de Magistério. Minha turma era
novamente
enorme. Dessa vez toda misturada, com todas as classes sociais, menos alunos da
cor negra. O Magistério foi ainda melhor que o ginásio. D. Dalva Machado foi
novamente minha professora, gostava dela. Gostava de todas: Maria Helena
Ribeiro, Carmen, Clarinda. No magistério a disciplina era mais livre. Nada sem
abusos, liberdade e alegria com respeito.
No
Curso Científico, Dr. Augusto chamava atenção. Suas aulas eram interessantes e
atraentes.
Carmen
Esselin era bravíssima, mas passava muita segurança no conteúdo, e passei a
gostar de Português. Tenho ótimas lembranças de todos, mesmo João Batista, que
me aterrorizava com a matemática. Mas o admirava como professor e detentor de
grande conhecimento matemático. Sua letra era lindíssima, gostava de usar
várias cores de giz, e bordar nas letras no quadro.
Lembro-me
com alegria de todo o meu percurso como aluna.
Outra
coisa que me chamava muita atenção eram as portas dos banheiros, achava o
máximo. A escada para o 2º. piso era maravilhosa. Gostava de estar no recinto
escolar da Escola “Francisco Campos”, e fazer parte das histórias que ouvia
desde criança.
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