quinta-feira, 17 de abril de 2014


Escola Normal
Maria
Sempre que leio biografias de pessoas que vieram de outras cidades – e aqui se fixaram- para promoverem o crescimento de Dores do Indaiá, fico emocionada.
Por exemplo, Mestre Tonico, os pais de Mestre Tonico vieram de Curvelo e aqui criaram raízes. Família culta, só nos deixou legados que os engrandecem.
Leiam a Biografia de ANTÔNIO NELSON DE MOURA, e agradeçam por toda a herança que nos deixou, incllusive seus descendentes e sua obra. Entre suas peças musicais, está o Hino à Escola que, hoje ainda, é cantado e lembrado com lágrimas nos olhos.
Sabe? Não  é por nada... Eu não escrevi o Hino, eu não tenho dotes musicais.
Mas...em 1963, eu era professora do segundo ano primário, nas Classes Anexas e havia uma UNIDADE DE ESTUDOS que pedia para estudarmos o nosso Município, suas riquezas culturais, naturais,         artísticas. Fui em busca das riquezas. Pensei: Esta Escola deve ter um hino, tão importante, deve ter...
Pergunto daqui, pergunto dali... e cheguei à Carmem Fiúza, Professora de Música, que me falou do hino, já esquecido das novas gerações.... De lá, ino, tão importante. .. Pergunta daqui, pergunta dali, fuiHino, tão imHbati à porta de D. Sílvia Moura, e pedi para ela me passar tudo sobre o autor do Hino Ela não só me passou a letra, como me ensinou a música: todos os dias eu ia a sua casa, pertinho da minha e ela – com quem eu já cantava no Coro da Matriz – me ensinou, batendo compasso, exigindo, ensinado. Depois, ensaiamos, eu e o Lino Santos, em casa dela...Eram momentos lindos, emocionantes. Passei o Hino pra meus alunos, para as minhas alunas do Magistério (eu lecionei Didática também...)
Aí está ele, fazendo a alegria de gerações.
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Pode não precisar de eu ficar metidinha...Mas, fui eu quem resgatei o belo hino de nossa Escola e hoje ele faz parte de nossa vida...
Além da memória de Mestre Tonico, resgatei nomes já esquecidos da históira e outros que estavam surgindo: Emílio Moura, Carminha Goouthier, José Oswaldo de Araújo, Genuína Pinheiro )(cantora lírica), Juca Bernardes e José de Oliveira Bernardes, Caio Chagas, Luís Melgaço, Tonico Caetano, Stella Maris Rezende, José Ribeiro Machado, Eneida Millet, Dr. Di, Dácio Chagas, Leonardo Motta, Corsino Pedro da Silva, Aspásia Ayer, Rubens Fiúza, Antônio Carlos Corrêa,José Hipólito M. Faria, a Família Lamounier, Clara Oliveira,Ronaldo Salviano, José Lino, Ricardo Arnaldo, Lino Santos, Waldemar A. Barbosa e muita gente que vive as ARTES .(Todos eles foram resgatados para a coluna que mantive nos jornais: NOSSOS POETAS. Hoje, temos o Ricardo Costa, o Marlon e vários nomes nos Esportes .
Já é preciso fazer novo levantamento...Passo o bastão aos professores mais jovens...
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Dores do Indaiá, 17 de abril de 2014.
 
 
 
BIOGRAFIA
Antônio Nelson de Moura nasceu a 3 de novembro de 1874. Natural de Curvelo (MG), era filho de Marciano Augusto de Moura e Bárbara Maria de Moura. Era ainda criança quando seus pais transferiram residência para Dores do Indaiá.
Fez os estudos relativos ao curso primário sob a orientação de sua irmã D. Maria Argentina de Moura e o curso secundário na Escola Normal de Uberaba.
Ainda recém formado, dedicou-se ao magistério nesta cidade.
Em 21 de setembro de 1898, casou-se com D. Teodora de Araújo Moura, e dessa união nasceram 11 filhos.
Na sua missão de mestre, assumiu inicialmente a regência das Escolas Reunidas Locais, quando teve a oportunidade de contar entre seus alunos, cuja cultura e dons intelectuais constituem hoje motivo de orgulho para Dores do Indaiá, tais como: Dr. Francisco Campos e Dr. José Osvaldo de Araújo.
De 1918 a 1921, exerceu a função de diretor do Grupo Escolar da vizinha cidade de São Gotardo. No ano seguinte, com a instalação do Grupo Escolar “Dr. Zacarias”, nesta cidade, foi ele nomeado diretor do estabelecimento, cargo que ocupou até a data da sua aposentadoria, quando contava então, 35 anos de efetivo exercício.
Ocupou, ainda, por algum tempo, a cadeira de Português da Escola Normal “Francisco Campos”. Os seus métodos e processos de ensino eram tão intuitivos e eficientes que, apesar de desconhecer as exigências da Pedagogia moderna, obteve o 1º prêmio num concurso promovido pela Revista do Ensino, em maio de 1929, sobre a metodologia do ditado.
Sua família conserva ainda uma cópia do original premiado.
Antônio Nelson de Moura sempre se dedicou, em casa, a aulas particulares de música, arte que soube cultivar com muito carinho e em que sempre se distinguiu. Aliás, valendo-se das suas aptidões para a música, prestou todo o apoio e a máxima dedicação ao setor artístico em Dores do Indaiá.
Assim, regeu, durante longos anos, a tradicional Banda de Música “Santa Cecília”, para cuja eficiência ele mesmo se encarregou de instruir e formar os músicos. Inúmeras peças que ainda hoje figuram no arquivo da referida corporação musical foram, com as respectivas orquestrações, compostas por ele, como sejam: marchas militares, dobrados, marchas fúnebres e outras.
São também de sua autoria diversas músicas que fazem parte  do repertório do Côro do Santuário, dentre as quais se destacam “Hino a Nossa
Senhora das Dores”, “Virgem da Conceição”, cânticos apropriados à coroação de Nossa Senhora e outras.
Compôs inúmeros tangos,marchas e valsas,canções tais como: “Excelsa Bondade”, “Márcia”, “Flor Quaresmal”, “Jabuticabeiras em Flor”, “Minha Esposa”, “A Prece” e hinos dedicados ao Grupo Escolar “Dr. Zacarias” e à Escola Normal.
Fez parte ainda de uma orquestra selecionada que atuou no “Cine Dorense”, durante alguns anos.
Teve as suas vistas voltadas também para o campo literário e a poesia. Os jornais locais traziam sempre a sua colaboração semanal, em prosa ou em verso, algumas com apreciada veia de humorismo.
Em resumo, Antônio Nelson de Moura atuou como jornalista, poeta e músico e soube exercer verdadeiro apostolado no setor educacional de Dores do Indaiá, nele consumindo o melhor de suas energias, não poupando esforços em prol do melhoramento intelectual, social e moral das crianças e jovens confiados à sua orientação.
Deus o chamou ao repouso eterno no dia 28 de julho de 1934.
(Transcrito do  acervo documental da escola datado de 21/6/1964 – Texto escrito por sua filha Silvia Moura Soares) 
 
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Hino da Escola Estadual Francisco Campos
Nossa Escola
   (Marcha e letra de Antônio Nelson de Moura – 25/06/1931)
 
Em nossos lares, quando o dia vem,
Uma oficina de trabalho estua,
Mas sem rumor; nenhum ruído tem,
Silente e calma, não ressoa à rua.
 
Borrachas, lápis, penas – são o malho;
Cadernos, livros e o papel – bigorna:
E, nesta faina, em juvenil trabalho,
A vida moça mais feliz se torna!
 
Que ventura!
Como é bom!
Que ternura
Deste dom;
De vivermos a sentir
A esperança no porvir!...
Que ventura!
Como é bom!
Que ternura
Deste dom:
Talentos vê a flux!
Das trevas nasce a luz!
 
Feliz um pai que os filhos vê, contente,
Brilhar na escola, nas ações,em tudo;
No seu futuro, em sonhos bons, pressente
A messe farta que lhes vem do estudo.
 
Felizes somos, realizando anseios,
Por nos dotarem de tão bela escola;
Da gente pobre,a quem falecem meios,
A flor da mente já não mais se estiola!
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Dores do Indaiá, 17 de abril de 2014.

3 comentários:

  1. Que barato esse meu Bisavô! Será que alguém tem essas partituras para me mostrar?

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  2. Sou bisneto do José Americano Brasileiro de Moura irmão mais velho do Mestre Tonico. Gostaria muito de contato com familares do Mestre.

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  3. Contato: José Augusto Rubim de Moura. jrubim@terra.com.br

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