ESCOLA
NORMAL
Maria
AGÊU
MORAIS FIÚZA – um dos alunos inesquecíveis que eu tive, no Científico, quando
lecionava Português. E, não era só em minha matéria que ele se sobressaía, era
um excelente aluno. Hoje, é advogado brilhante, aposentou-se no Banco do Brasil
e voltou pra terrinha, aliás, vive entre Dores e Belo Horizonte. Casado com
Maria de Lourdes Oliveira – minha prima querida, Agêu continua escrevendo poemas -
dá aulas, quer dizer, continua fazendo o quê
sempre quis: ser atuante na sociedade... e vivendo a Literatura
Nome
do(a) entrevistado(a): AGÊU MORAIS FIÚZA
Data:
1
– Em que período você estudou na Escola Normal?
De
1965 até 1973.
2
– Lembra-se dos nomes dos Professores?
Classes
Anexas:
D.
Waldeci Oliveira
D.
Castorina Maciel
Escola
Normal:
D.
Adélia de Oliveira
D.
Rosa Moura
D.
Amélia Vasconcelos
D.
Pedrolina Azevedo
D.
Maria do Carmo Oliveira
D.
Elza Birchal
D.
Branca
D.
Giovana do Espírito Santo Costa
D.
Rosa Maria Soares (filha da D. Maria Campos)
D.
Paiva
D.
Carmem Fiúza
Prof.
Leonardo Vasconcelos
Prof.
José Carvalho de Oliveira
Prof.
Sides Vargas
Prof.
José Antônio
Prof.
Jaime Fernandes
Prof.
Antônio Augusto Melo
3
– Como era a disciplina?
A
disciplina era rigorosa, os alunos, de uma forma geral, tinham os professores
como seus ídolos.
4
– Você era interna/externa?
Não
se aplica.
5
– Se foi interna, como era a vida no Internato São José?
Não
se aplica.
6
– Quais eram as freiras de seu tempo?
Não
se aplica.
7
– Lembra-se, ou teve notícias do terrível incêndio do Internato?
Tive
notícias. Me lembro das ruínas do internato.
8
– Havia alunos de todas as classes sociais na Escola? E de raças diferentes?
Os
alunos representavam classes sociais e raças homogêneas.
9
– Como eram admitidos os alunos na Escola Normal?
Admissão
através de provas.
10
– Conte detalhes de sua vida escolar: colegas, uniformes, aulas de Educação
Física, teatros.
Estudei
na Escola Normal a partir da 4ª. Série do Ensino Básico (Classes Anexas) até o
2º. Ano do Curso Científico, durante 9 anos. Inicialmente, as turmas eram
formadas por sexo, não se misturavam homens e mulheres, o que só foi admitido
em 1971. O uso de uniforme era obrigatório (calça azul-marinho, blusa branca e
emblema da escola o bolso da blusa, sapatos pretos e meias pretas). Era
frequente a checagem dos uniformes pelas inspetoras (Lindéia e Deolinda), e até
mesmo o uso de uma meia de cor diferente que a padronizada era motivo de não se
permitir o ingresso do aluno à sala de aula. Durante o recreio os estudantes
homens eram apartados das mulheres, estas ficavam no pátio interno da escola,
enquanto aqueles permaneciam no jardim defronte à Escola. As aulas de educação
física, cujas turmas eram apartadas por sexo, eram ministradas, para os homens,
bem cedo, iniciando-se às 5: 30h. Havia um preparo físico quase de regime
militar, mas terminava sempre com um jogo de futebol ou basquete. Não havia
divulgação ou apresentação de peça teatral, mas existia um concurso cultural de
poesia.
11
– A Escola representava que papel na Sociedade?
A
escola representava, sobretudo, o papel de tornar o aluno verdadeiro cidadão,
conhecedor de seus direitos e cumpridor de suas obrigações (ainda existiam as
aulas de OSPB, que embora no vigor do regime militar, proporcionavam aos alunos
um conhecimento da Constituição Federal.
12
– Um diploma de Normalista tinha significado diferente do de hoje? Por quê?
Sim.
Porque o diploma de normalista era a garantia de um emprego e a certeza da
respeitabilidade no meio social.
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Dores
do Indaiá, 16 de abril de 2014.
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