quarta-feira, 16 de abril de 2014


ESCOLA NORMAL

Maria

AGÊU MORAIS FIÚZA – um dos alunos inesquecíveis que eu tive, no Científico, quando lecionava Português. E, não era só em minha matéria que ele se sobressaía, era um excelente aluno. Hoje, é advogado brilhante, aposentou-se no Banco do Brasil e voltou pra terrinha, aliás, vive entre Dores e Belo Horizonte. Casado com Maria de Lourdes Oliveira – minha prima querida, Agêu continua escrevendo poemas -  dá aulas, quer dizer, continua fazendo o quê sempre quis: ser atuante na sociedade... e  vivendo a Literatura

 

 

 

 

Nome do(a) entrevistado(a): AGÊU MORAIS FIÚZA  

Data: 

1 – Em que período você estudou na Escola Normal?

De 1965 até 1973.

2 – Lembra-se dos nomes dos Professores? 

Classes Anexas:

D. Waldeci Oliveira

D. Castorina Maciel

Escola Normal:

D. Adélia de Oliveira

D. Rosa Moura

D. Amélia Vasconcelos

D. Pedrolina Azevedo

D. Maria do Carmo Oliveira

D. Elza Birchal

D. Branca

D. Giovana do Espírito Santo Costa

D. Rosa Maria Soares (filha da D. Maria Campos)

D. Paiva

D. Carmem Fiúza

Prof. Leonardo Vasconcelos

Prof. José Carvalho de Oliveira

Prof. Sides Vargas

Prof. José Antônio

Prof. Jaime Fernandes

Prof. Antônio Augusto Melo

3 – Como era a disciplina?

A disciplina era rigorosa, os alunos, de uma forma geral, tinham os professores como seus ídolos.

4 – Você era interna/externa?

Não se aplica.

5 – Se foi interna, como era a vida no Internato São José?

Não se aplica.

6 – Quais eram as freiras de seu tempo?

Não se aplica.

7 – Lembra-se, ou teve notícias do terrível incêndio do Internato?

Tive notícias. Me lembro das ruínas do internato.

8 – Havia alunos de todas as classes sociais na Escola? E de raças diferentes?

Os alunos representavam classes sociais e raças homogêneas.

9 – Como eram admitidos os alunos na Escola Normal?

Admissão através de provas.

10 – Conte detalhes de sua vida escolar: colegas, uniformes, aulas de Educação Física, teatros.

Estudei na Escola Normal a partir da 4ª. Série do Ensino Básico (Classes Anexas) até o 2º. Ano do Curso Científico, durante 9 anos. Inicialmente, as turmas eram formadas por sexo, não se misturavam homens e mulheres, o que só foi admitido em 1971. O uso de uniforme era obrigatório (calça azul-marinho, blusa branca e emblema da escola o bolso da blusa, sapatos pretos e meias pretas). Era frequente a checagem dos uniformes pelas inspetoras (Lindéia e Deolinda), e até mesmo o uso de uma meia de cor diferente que a padronizada era motivo de não se permitir o ingresso do aluno à sala de aula. Durante o recreio os estudantes homens eram apartados das mulheres, estas ficavam no pátio interno da escola, enquanto aqueles permaneciam no jardim defronte à Escola. As aulas de educação física, cujas turmas eram apartadas por sexo, eram ministradas, para os homens, bem cedo, iniciando-se às 5: 30h. Havia um preparo físico quase de regime militar, mas terminava sempre com um jogo de futebol ou basquete. Não havia divulgação ou apresentação de peça teatral, mas existia um concurso cultural de poesia.

11 – A Escola representava que papel na Sociedade?

A escola representava, sobretudo, o papel de tornar o aluno verdadeiro cidadão, conhecedor de seus direitos e cumpridor de suas obrigações (ainda existiam as aulas de OSPB, que embora no vigor do regime militar, proporcionavam aos alunos um conhecimento da Constituição Federal.

12 – Um diploma de Normalista tinha significado diferente do de hoje? Por quê?

Sim. Porque o diploma de normalista era a garantia de um emprego e a certeza da respeitabilidade no meio social.

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Dores do Indaiá, 16 de abril de 2014.

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