ESCOLA NORMAL
Maria
Claro, D. Ofélia Silva Camargos, de Estrela do Indaiá, foi das primeiras a receber minha carta, solicitando respostas sobre a Escola Normal:
Dores do Indaiá, 28 de junho de 2010.
Prezado(a) Professor(a) e Prezado(a) Aluno(a) da EE.
“Francisco Campos”,
Estou – juntamente com uma equipe de profissionais –
realizando uma pesquisa que nos possibilite levantar dados para a realização de
um trabalho cultural sobre o ENSINO em nossa região.
Solicito sua participação, respondendo as perguntas
apresentadas – acrescentando outras informações interessantes – sobre a Escola
Estadual “Francisco Campos”, de Dores do Indaiá(MG), referência na área educacional
da região.
Agradeço, em nome da equipe, na certeza de que
faremos um bom trabalho, se pudermos contar com sua anuência ao nosso projeto.
Atenciosamente,
Maria das Dores Caetano Guimarães (Branca)
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Nome
do(a) entrevistado(a): OFÉLIA SILVA
CAMARGOS
Data
da entrevista: Estrela do Indaiá, 9 de janeiro de 2010.
1
– Em que período você estudou na Escola Normal?
De
1940 a 1945.
2
– Lembra-se de nomes dos Professores?
João
Neves e D. Heleninha.
3
– Como era a disciplina?
Ótima.
4
– Você era interna/externa?
Interna
somente 1 ano.
5
– Se foi interna, como era a vida no Internato São José?
Agradável.
6
– Quais eram as freiras de seu tempo?
Irmã
Mota, Irmã Vicência e Irmã Maria José.
7
– Lembra-se, ou teve notícias do terrível incêndio do Internato?
Tive
notícias.
8
– Havia alunos de todas as classes sociais na Escola? E de raças diferentes?
Sociais,
sim.
9
– Como eram admitidos os alunos na Escola Normal?
Através
de exames ou transferências.
10
–Que papel a Escola representava na
Sociedade?
Papel
muito importante.
12
– Um diploma de Normalista tinha significado diferente do de hoje? Por quê?
Sim,
era como hoje ter feito uma faculdade.
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Como
veem, D. Ofélia foi de um tempo muito importante da Escola Normal – bem no
início.
Posso
acrescentar todos os detalhes que fizeram
de D. Ofélia uma pessoa muito especial para mim:
·
Morava
em Estrela e era nossa vizinha.
·
Era
filha do Sô Octávio Silva e de D. Tereza Crhistina, ele, sensível, poeta,
agradável, dono de uma venda completa àquela época: de secos e molhados...
·
Ela,
com nome de rainha, olhos lindamente azuis, ainda fazia os melhores biscoitos e
brevidades de Estrela, além de ter uma bolsa muito chique, que eu cresci
querendo aquela bolsa pra mim...
·
D.
Ofélia era ruiva, os cabelos de fogo me encantavam muito - pensava que eles eram de ouro...
·
Ela
estudava em Dores do Indaiá, sabia mil cantigas e dancinhas que ensinava para a
menina enxerida que eu era...
· D. Ofélia se casou
com um dos moços mais bonitos da época, segundo as moças da cidade: o João
dentista...
· Cresci ouvindo
aquela voz agradável, no Grupo, onde lecionava, em sua casa, me ensaiando pra
teatros...
· Ainda hoje conservo
a amizade por D. Ofélia que, com toda simpatia, ainda acha tempo de fazer
biscoito e pão de queijo para me enviar:
· ... Com gosto de
Estrela...
· Vive lá na terrinha,
cercada por carinho e afeto de todos da família, além de todos os estrelenses
que a respeitam e admiram...
· Precisa de mais
alguma coisa?!
................................................................................ . Dores do Indaiá, 16 de abril de 2014.
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