ESCOLA NORMAL
Maria
Eu tive muitas alunas brilhantes que, mais tarde, se transformaram em professoras excelentes.
APPARECIDA FIDELIS é uma delas: Foi minha aluninha no segundo ano primário e, depois, foi professora de meus netos e... que professora!
Ela é de famílias tradicionais da cidade, cuja marca registrada, entre as moças, é ser PROFESSORA INESQUECÍVEL. Seus pais foram Dália Faria Fidelis e José Fidelis, casal muito querido na cidade- deixaram só amigos e boas lembranças.
Aparecida é casada com Mário Antônio de Oliveira, também de grande e tradicional família dorense.
Atualmente, o casal já acompanha os passos dos netinhos que já estão chegando.
Vejam entrevista de Aparecida:
Nome do(a) entrevistado(a): MARIA APARECIDA FIDELIS DE OLIVEIRA
Data: 25/10/2010
1 – Em que período você estudou na Escola Normal?
De 1962 a 1971.
2 – Lembra-se dos nomes dos Professores?
Alguns... Leonardo, Ozanan Botinha, Pedro Oliveira, Augusto Mello, Carvalho, Rosa Moura, Amélia, João Batista, Sides Vargas, Aparecida França, Noêmia Ribeiro.
3 – Como era a disciplina?
Era severa. Às vezes, até demais. Me lembro que não tivemos as comemorações do certificado de 8ª. Série por motivo de desrespeito à bandeira do Brasil, o Diretor Pe. Miranda nos castigou.
4 – Lembra-se, ou teve notícias do terrível incêndio do Internato?
Não me lembro. Não estava na Escola Normal ainda.
5 – Havia alunos de todas as classes sociais na Escola? E de raças diferentes?
Sim, havia alunas de todas as classes sociais e raças diferentes.
6 – Como eram admitidos os alunos na Escola Normal?
Eu fui admitida através de seleção na 5ª. Série.
7 – Conte detalhes de sua vida escolar: colegas, uniformes, aulas de Educação Física, teatros.
Tenho boas lembranças. Tinha bom relacionamento com as colegas, o uniforme era exigência diária, as aulas de Educação Física eram dirigidas com muitos e variados exercícios físicos. Pouco teatro, mas de qualidade.
8 – A Escola representava que papel na Sociedade?
Representava o papel de educador sério e respeitoso. Base forte da sociedade.
9 – Um diploma de Normalista tinha significado diferente do de hoje? Por quê?
Muito. No meu caso era tanto para mim como para meus pais. Minha mãe falava com o maior orgulho: “tenho quatro filhas PROFESSORAS”.
10 – Fale sobre recreios, aulas diferentes, alunas-mestras, auditórios, teatrinhos, merendas, Horas cívicas, aulas na Biblioteca, desfiles nas comemorações, enfim, relate fatos – de qualquer natureza – que você presenciou, viveu ou observou. Esses fatos podem fazer parte de uma história diferenciada sobre o ensino de uma época.
Ser Aluna-mestra marcou minha vida. Achei muito importante ser aluna-mestra e foi onde afirmei minha vocação de mestra. Marcante também foram as festas no Salão Nobre da Escola, cada um mostrando seu talento: danças, alunas que
tocavam piano, como era lindo ouvi-las. Os desfiles cívicos eram lindos, os uniformes impecáveis, os sapatos engraxados, o comprometimento sério e prazeroso.
O ensino de minha época fez o alicerce de nossa história. Uma base forte, responsável, feliz. Nos meus 30 anos de educadora, me espelhei eu meus mestres queridos e fui respeitada e amada por meus alunos e pais. Uma história bem vivida, com ensino de qualidade só pode ser bem lembrada.
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