terça-feira, 22 de abril de 2014

ESCOLA NORMAL 
MARIA
 
Duas irmãs que sempre me encantaram: a Dora, pela suavidade, pela simplicidade, pela facilidade em se relacionar com as pessoas.
 A Dalva, pela beleza, pelo porte e, ambas, por serem filas de uma senhora que eu julgava lindíssima, desde quando a conheci, menina ainda: D. Aurora Argolo, casada com o Dr. Argolo, de cuja pessoa, sempre ouvi histórias de sua solidariedade com quem precisasse. Advogado, tomou parte em todos os movimentos sociais de sua época, trazendo novidades do Rio de Janeiro, sua terra natal. Aqui se casou com uma dorense, D. Aurora e tiveram bela família. Outro motivo de lembranças boa: a casa maravilhosa, grande, espaçosa, e onde eu ouvia, sempre que passava, o som de um piano ...Claro, são lembranças materiais que impressionavam a menina que eu era à época. Hoje, sei que, muito além da casa bonita, do piano e da senhora sofisticada, era uma família que fez história em todos os movimentos progressistas da pequena cidade.
Dos filhos, ficou-me a lembrança de todos, em especial doVicente, colega do BEM,   que me escreveu carta linda quando ficamos sem ele... Das moças, ficou-me a amizade sincera da Dora, amiga de minha mãe, de minhas tias...E a Dalva me deixou, além da lembrança de sua pessoa elegante, uma entrevista muito rica sobre a Escola Normal. Vale muito a pena conferir.Ambas residem em Belo Horizonte, e os pais já se transformaram em saudades...
Obrigada, Família Argolo!
 
Dores do Indaiá, 23 de abril de 2014.
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Belo Horizonte, 8 de janeiro de 2011.

  Branca,

 Tão bom receber carta sua!   noticiosa e até divertida.
Você está bem de saúde, bem com todos da família? Muitos netos?
   E você com o trabalho relativo à Escola Normal? As colaboradoras são várias e como se nota, as ex-alunas empolgaram. Bom demais a boa vontade e você seleciona as pesquisas.
 estou com sua carta noticiosa e até divertida.
 Passei o formulário para Dalva e penso que ela já respondeu. Pesquisa boa que todos certamente darão resposta.
 Nós, em nossa época aí, vivemos Dores em todo o sentido. Reuníamos no quintal lá de casa com a turma de Luizas para comemorarmos festas juninas – daí você imagina a parreira iluminada e enfeitada com biscoitões, bandeirinhas... Míriam e Celina Antunes assando batata doce, os foguetes estourando e até quadrilha surgiu. Fui eleita Miss Quintal e na hora do desfile o cordão da saia arrebentou... Irmã Luiza feliz de nos ver unidas. Meus pais também.
 Foi uma época de entrosamento com as Luizas de Bom Despacho – os velhinhos esperando algo de nós pelo pacote de gêneros e visitas.
 Passei aperto porque minha protegida brigou com a vizinha – veja que coisa! Ela foi presa e a vizinha já com o coração fraco, perdeu a vida. Juraci Guimarães e eu se revezando na Cadeia em assistência. Dia e noite! Nossa!
 Meu pai e Dr. Di atestaram que ela já estava doente e o Juiz aceitou.
 Minha pesquisa sobre a Escola Normal é fraca. Depois do primário estudei no Ginásio Dorense, mas alguma coisa estou lembrando. Veja aí. Colaborei com a Dalva nos nomes dos professores.
 Estou lhe enviando nomes e endereço de alunas que podem colaborar.
 Desejo sucesso à equipe de profissionais.
   Meu abraço amigo.
    Dora
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