NOSSOS
POETAS –
O
LIBERAL – OUTUBRO DE 1995.
MARIA
FÁBIO
NELSON FIÚZA –
RICARDO DEFFEO FIÚZA
No
próximo dia 27 , quinta-feira, é o aniversário do Dr. Fábio, a quem prestamos nossas
homenagens e nossa gratidão por tudo que ele faz por Dores do Indaiá.
Claro,
estendemos nossa homenagem ao Ricardo – seu filho –que, também, nos orgulha muito
por ter o dom da música e mostrá-la ao mundo. É Dores do Indaiá sendo notada
por motivos positivos!!
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Nenhum dos dois
homenageados de hoje escreve poesias.
Eles são poetas através da MÚSICA,
através dos sons. Porque, há muitas maneiras de se viver a poesia, como já
falamos. Uns escrevem, transmitem a poesia
pelas palavras; outros, pintam,,
fazem das cores as palavras que ficam presas lá dentrinho das telas e... da
alma. Utros fotografam, captam a poesia nos recantos mais inusitados. Ah, meu
Deus, há mil jeitos de se viver a POESIA. É só descobrir com que rosto ela se
apresenta na sua vida. Quem sabe, ela se
mostra no canto? Na dança, com os gestos que evocam afagos, que lembram pedaços
bonitos das emoções de cada um...
Pois então. DR FÁBIO NELSON FIÚZA E SEU FILHO, RICARDO DEFFEO
FIÚZA, ambos dorenses, estão dentre os poetas que espalham a poesia através da música. Eles merecem estar
na coluna NOSSOS POETAS.
O Dr. Fábio, naquela
correria toda, em seu consultório, lá na Santa Casa, tem seu lado poético. Ah, você não sabia? É para isso
que nossa coluna está aí: para informar. Valorizar o que é nosso.. Mostrar a
poesia, que, por motivos práticos, fica escondida no dia a dia dos artistas.
Como o Dr. Fábio que, como médico competente que é, tem lá o seu jeitinho de
ser POETA. Vivendo a música. A seu lado, está o filho RICARDO, que
herdou do pai, o dom dos acordes, da musicalidade.
FÁBIO NELSON FIÚZA nasceu em Dores do Indaiá, a 27 de
fevereiro de 1932. Seus pais, Ricardo Pinto Fiúza Filho e dona Maria da
Conceição Moura Fiúza são dorenses de famílias tradicionais em nossa região.
Pelo lado paterno, o Dr. Fábio herdou a a musicalidade dos MELGAÇOS (Luís Melgaço, por exemplo). De
verdade, em cada casa de um Melgaço que conheço, alguém toca algum instrumento,
ou canta com voz maviosa.
Os mais antigos contam, com
saudades, sobre os saraus na casa do Dr. João Joãozinho Chagas e D. Marianinha
Guimarães, no caso, uma Melgaço. Ela, ao piano e os filhos se revezando com
ela. Falam também da casa dos pais do poeta, EMÍLIO GUIMARÃES MOURA, onde a
mãe, D. Cornélia e os filhos, tocavam violão e piano para alegrar as noites de
sarau.
Ah, também o Jadir Melgaço, enamorado do luar dorense! Lícia
Lacerda, Edith Chagas, Luís Gonzaga, Jairo Melgaço, e seu irmão, Jarbinhas,
autor da música Água Doce, homônima de
meu livro...
E ainda há a Míriam Machado,
o Luís Millet, Zé Arinos, e mais
um punhado de nomes, todos da família
Melgaço- todos poetas através da música...
Pelo lado materno, Dr, Fábio vem de um avô compositor e
músico notável – o MESTRE TONICO -
Antônio Nelson de Moura.
Suas filhas, tias do Dr. Fábio, viviam às voltas com
instrumentos musicais. Já sua mãe, dona
Conceição, traduzia romances do francês e solfejava, com grande
sensibilidade, as músicas compostas por seu famoso pai. Chegou a iniciar o
estudo de piano, para o qual mostrava grande aptidão... Sua filha, Carmem
Fiúza, realizou o sonho da mãe. Foi grande pianista e professora de música na
Escola Normal, onde se aposentou.Com tudo isso, por tudo isso, não havia
MEDICINA que resistisse a tanta cultura, tanta herança genética. Dr. Fábio
aprendeu solfejo e a as primeiras noções de música com D. SÍLVIA MOURA SOARES ,
sua tia, regente do Coro da Matriz.
Ainda criança, tocava violão e gaita. Mais tarde, estudou clarineta com
o Sr. Germano da Encarnação (pai do Washington da Encarnação), outro grande
músico obscuro de Dores do passado.
A Banda de Música
fundada por Germano da Encarnação era muito bem organizada , composta por
valores jovens, como Zico Rios e seus filhos, Mauro e Ildeu Rios, Antólio,
Jadir Melgaço e Fábio Fiúza.
Dr. Fábio fez o Primário aqui em Dores, e sua primeira professora foi D. Celina de
Moura Carvalho, que lhe ministrava as aulas em casa, (era um costume da época).
Os outros anos, cursou no “Zacarias” e no “Ginásio Dorense” Feito o primeiro grau, foi para o Colégio Estadual
de Belo Horizonte, onde havia seleção rigorosa – verdadeiro vestibular.
Mais tarde, outra grande vitória: conquistou o primeiro lugar
geral no VESTIBULAR DE MEDICINA, em 1952. Nesse tempo, cursou Música, até o 5º
ano no Conservatório Mineiro de Música, hoje, Escola de Música da UFMG.
Durante anos, tocou clarineta e saxofone na ORQUESTRA DO
DELÊ, ocasião em que a orquestra vinha
animar os bailes no antigo Clube Velho; Dores do Indaiá se encantava com o conjunto
musical, por ocasião das festas de formatura, onde as moças dançavam belas valsas, escondidas em anáguas e anáguas de tule e rendas. Época dourada,
quando Dr. Fábio compôs várias peças,
todas desconhecidas do grande público.
Quando Dores do Indaiá terá a honra de conhecê-las?
Em Belo Horizonte, nosso instrumentista fez parte da Orquestra
Sinfônica Mineira, onde mostrava sua versatilidade, tocando oboé. Atualmente,
sob as bênçãos de Santa Terezinha do Menino Jesus, - sua Madrinha do Céu e
Protetora – Dr. Fábio dedica tempo integral à MEDICINA. É Clínico Geral,
Obstetra, Ginecologista, tendo sido agraciado com o DIPLOMA DE MELHOR CIRURGIÃO
DO INTERIOR (das Gerais), homenagem prestada por outros médicos da UFMG, através de uma séria
criteriosa pesquisa. Feita em Belo Horizonte.
Trabalhador incansável, madruga na Santa Casa, onde todos
conhecem seu assobio afinado.
Fez vários cursos no Japão, inclusive usando técnicas de
primeiro mundo em suas cirurgias e em seu trabalha. Dr. Fábio é casado com D. Marina Therezinha Defeo Fiúza,
grande dama dorense. Têm quatro filhos: Dr. Fernando, engenheiro da Vale do Rio
Doce, casado com Dra. Claúdia; Dr. Álvaro, médico, casado com Kátia, pais da Izabel. Dr. Marcelo, engenheiro,
casado com Carla e... RICARDO.
RICARDO DEFFEO FIÚZA, o caçula, anda sumido da Dores do
Indaiá. À toa não é. Anda pelo mundo todo, vivendo poesia. Através da música...
Ricardo ficou em Dores
do Indaiá, até completar o primeiro grau,
no “Benjamim Guimarães”, seguindo pra Belo Horizonte, onde continuou os
estudos de música, iniciados aqui em Dores, também, com D. Sílvia Moura. Nessa ocasião, já tocava
Órgão na igreja e em festinhas de
amigos.
Em Belo Horizonte, teve vários professores particulares de
música, onde fez contato com nomes
importantes na área, inclusive,
aperfeiçoou estudos sobre a arte musical de Milton Nascimento.
Minas Gerais ficou pequena para Ricardo Fiúza...
Partiu, então, para
Paris onde morou por algum tempo, sempre observando a música, estudando, se
aperfeiçoando. De França, foi para os Estados Unidos, onde ficou por um ano, estudando no
MUISICANS INSTITUTE, e em Los Angeles, onde aperfeicoou´se em teoria
musicasical, harmonia trabalhando, ainda, em conjuntos locais e com cantores
americano.
Atualmente, trabalha na Agência de Propaganda RECK,
produzindo jingles, vinhetas e tudo o mais que se refere à
música. E, não fica só nisso, não.Está no LP do Eduardo Delgado – Fábrica de
Música – trabalho importante na música mineira,
ao lado de nomes famosos, como Neném, o próprio Eduardo e Kiko. Além do
mais, acompanha a cantora Fernanda Abreu, a Fernandinha da BLITZZ, que está fazendo o maior sucesso
com seu disco – DA LATA. Acompanha, também, a bela cantora, PAULA SANTORO,
sendo compositor de uma de suas músicas (
Pena, não descobri o nome da música do Rcardo
neste disco da Paula Santoro – alguém sabe, pra nos contar?)
Hoje em dia, Ricardo Fiúza, o músico, vive entre vários
países, onde fez grande círculo de amigos: Alemanha, Itália, Suiça, . Entre
seus amigos, estão: o casal Mauro Mendonça e Rosa Maria Murtinho e seus
filhos...
Já tivemos oportunidade de assistir ao nosso conterrâneo nos programas da Hebe
Camargos, no Jô e no Serginho Groissmann
.
Aqui da terrinha, só
podemos bater palmas para os dois musicistas dorenses: Dr. Fábio e seu filho Ricardo.
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Dores do Indaiá, 24 de fevereiro de 2014.
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