segunda-feira, 31 de março de 2014


Prezados leitores do meu BLOG,

 

A Entrevista com a Educadora, MARIA HELENA FIÚZA GUIMARÃES

- D. HELENINHA – enriqueceu nossa pesquisa sobre a Escola Normal.

        Com clareza, objetividade nas respostas, com sua elegância natural- em todos os sentidos, D. Heleninha construiu uma história respeitada por todos. Seu nome é referência na Educação Dorense, fazendo justiça à sua linhagem , vinda de famílias tradicionais de Dores do Indaiá, berço de grandes intelectuais, escritores, poetas,e políticos, importantes na trajetória cultural do Município.

Filha do Dr. Antônio Caetano da Silva Guimarães Júnior (Cirurgião Dentista), o poeta, Tonico Caetano, e de D. Maria Rita Fiúza de Faria, D. Heleninha merece nossos melhores agradecimentos pela grande contribuição histórica que passo a vocês, continuando nossas homenagens à Escola Estadual “Francisco Campos”, iniciadas em comemoração a seu aniversário, ocorrido em 22 de março.

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Dores do Indaiá, 31 de março de 2014.

Maria das Dores Caetano Guimarães – Maria.

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ENTREVISTA :(Respostas)

  Belo Horizonte, 11-01-2011

 Prezada Branca

 Demorou um pouco em enviar-lhe as respostas aos questionários que você me enviou e, ao mesmo tempo, cumprimentá-la e à sua equipe, pela oportuna iniciativa de desenvolver um projeto sobre a nossa querida Escola.

 Fiz um esforço de memória para relembrar os episódios mágicos que marcaram minha vida de aluna, professora e orientadora das Classes Anexas à Escola Normal.

 Quantas saudades e quantas!

* Passo então a relatar, conforme sua sugestão, resumindo, é claro, de maneira sucinta, o que ficou na minha lembrança.

 Conforme disse acima, não fui Diretora das Classes Anexas. Era apenas orientadora e coordenadora, cargo inerente às cadeiras de Metodologia e Prática de Ensino.

 Como estava sempre em contato com as crianças e orientando as professoras, fui considerada, muitas vezes, como Diretora.

* Casos mais graves de disciplina ou reivindicação para melhorar ou andamento das atividades pedagógicas, era função do Diretor da Escola, servindo eu de intermediária.

 *Foram vários os diretores com os quais convivi, escolhidos através de uma experiência comprovada ou indicados pela Secretaria de Educação:

 - Fui aluna de alguns deles que, além de Diretores, ministravam alulas: Dr. Edgard Pinto Fiúza, Dr. Eurípedes, Dr. Ovídio, João Batista;

 - Fui colega -como professora – de  outros Professores que dirigiram a Escola: Ester Alves, Dr. José Bernardes, Anselmo Barreto Artur Diniz, Prof. Leonardo, Pe. Miranda e João Neves.

* Todos eles esforçados na manutenção do legado cultural que a Escola representava na época, não só para o nosso município, como nos municípios vizinhos. A projeção de suas bases culturais, o corpo docente, o ensino propriamente dito, atravessou fronteiras e alunas de Abaeté, Bom Despacho, São Gotardo, Estrela, Patos de Minas, Morada Nova, vinham buscar ensinamentos, convivência sadia no nosso Centro Educacional. Frequentavam os cursos oferecidos na época: Admissão, Normal e Aplicação.

* Com o diploma de Normalista, voltavam às suas cidades para exercer a profissão para a qual se preparam, enfrentando, sobretudo, a questão salarial, sempre questionável. A vida no interior naquela época era simples e os vencimentos satisfaziam às exigências da sobrevivência. Mais sério quando havia atraso no pagamento, como aconteceu várias vezes. No governo de Magalhães Pinto, se não me falha a memória, é que o pagamento se normalizou.

* A missão do educador , como sabemos, é árdua e o salário nunca esteve à altura de seu trabalho, de sua dedicação, da atualização de seus conhecimentos, o esforço do dia a dia. Apesar de tudo, o magistério era considerado um sacerdócio e as professoras em geral não se envolviam nas greves que aconteciam. Os diretores sempre cautelosos, orientavam os professores na posição a tomar. O povo de Dores apoiava essas soluções, pois a Escola era o centro da sociedade dorense: os professores dedicados, alunas estudiosas, faziam dela um legado sem igual, um patrimônio valioso.

* Os pais participavam, em parte, da vida escolar, comparecendo às reuniões específicas, comemorações sociais e cívicas, desfiles etc. 

* A Escola teve o privilégio de ter uma equipe de professoras, especialistas em educação, atualizadas nos Cursos de Aperfeiçoamento (hoje Administração Escolar):

 - Iracema Dufles Teixeira (Rio de Janeiro)

 - Ester Alves (Ouro Preto)

 - Palmira Lobo (Pindamonhangaba – SP)

 - Aspásia Vieira Ayer (Alfenas) - com especialização em Educação Física, na Bélgica.

 Essas ilustres professoras, além das disciplinas que lecionavam, se congregavam para uma educação integral.

 Assim ministravam aulas de Socialização, com sábias orientações sobre a conduta pessoal, etiquetas, etc. Organizavam sessões recreativas e culturais no Salão Nobre da Escola (onde se destacavam: pinturas com medalhões, cortinas adamascadas, cadeiras estofadas), onde eram apresentadas palestras, poesias, cantos e outros.

* No Galpão, demonstração de ginástica, danças folclóricas, jogos recreativos e treinamento de vôlei e basquete.

 *Não havia jornais editados – era comum o jornal-mural, com notícias importantes, aniversariantes do mês, resumo de estudos realizados, composições premiadas, poesias, acrósticos, etc.

* Os funcionários: Maria Rita Melgaço de Souza, Cornélia Véo, Sr. O´Conell, Otília e outros, eram amigos e auxiliares na disciplina e na conservação do prédio.

* Havia também salas especializadas para estudo de cada disciplina: museu com animais embalsamados, esqueleto humano e esfolado, cérebro humano (também embalsamado), cobras embalsamadas, gravuras ilustrativas da fauna e flora brasileira e muito material a mais para estudo da anatomia humana. Este material veio diretamente da Alemanha – um dos primeiros diretores, Dr. Henrique Schmitz, alemão, conseguiu de Francisco Campos (então Secretário da Educação), através de Antônio Carlos (Governador de Minas), autorização para a aquisição e transporte do referido material.

 *As aulas de Ciências e Biologia eram enriquecidas com a visualização desse material e as crianças das Classes Anexas se encantavam com a realidade encontrada.

 Destaque para os laboratórios de Ciências e Biologia. A Sala de Ciências era composta de material específico de laboratório (cadinho, lâminas, mercúrio, painel de eletricidade.

 As alunas mais antigas, uma vez por semana, faziam a limpeza desse material, sob a orientação do professor Dr. Henrique Schmitz.

 A Sala de Psicologia, com aparelhamento destinado à avaliação dos alunos. 

* A Biblioteca completava o estudo realizado nas salas de aula; possuía um acervo singular – obras literárias e didáticas, algumas em língua estrangeira de educadores ilustres: Dewey, Decroly, Claparide e outros. A disposição dos armários e mesas favoreciam a pesquisa e aulas de leitura (nas Classes Primárias eram desenvolvidos os Clubes de Leitura e cada classe tinha seu “Cantinho do Livro”.

 Na parte térrea – Sala de Geografia: coleção de mapas de todos os continentes, com uma disposição específica: colocados nas paredes podiam ser abaixados, conforme a área em estudo; painéis representando aspectos reais da natureza, montanhas, rios, vulcões etc.

 Sala de Música: pianos, para auxiliar os solfejos e aprendizagem de hinos recreativos e patrióticos.

 *O pátio arborizado, obra do professor Tonico Macedo, que nele plantou árvores floridas principalmente na primavera, servia de recreio e comemorações cívicas: “Dia da Árvores” e sociais: aniversários.

 *As Classes Anexas funcionavam em prédio separado, ao lado da Escola, de 1ª. À 4ª. Série; eram destinadas também ao estágio das alunas que se preparavam para o magistério. Além da observação das aulas, as alunas mestras auxiliavam as professoras no preparo das atividades e na confecção de material pedagógico; organizavam teatrinhos de sombra, fantoches, histórias, sobretudo na “Semana da Criança”.

* Mais tarde, com o aumento de alunas vindas de municípios vizinhos e sem lugar certo para se hospedarem, foi cedido o prédio para o Internato, dirigido pelas Irmãs Vicentinas (Ir. Teixeira Mota, Luiza Maria José Linhares, Ir. Vicência e outras).

* As classes primárias passaram a funcionar no prédio da Escola Normal.

* Depois de um certo tempo, uma noite, as alunas internas já dormiam, quando foram surpreendias por um curto-circuito, que destruiu todo o prédio. Elas saíram às pressas, apavoradas, de camisolas ou pijamas.

 O fogo se alastrou, as Irmãs correram com as alunas para o Grupo Escolar Benjamin Guimarães.

 Pe. Luiz Bueno, Capelão do Internato, ao chegar à praça, parou perplexo, sem compreender o que havia acontecido. A notícia se espalhou; a população se comoveu e muitas famílias deram abrigo às internas, até que se estabelecesse um local determinado para elas. Só mais tarde o prédio foi reformado, nos moldes da primeira construção.

* Não frequentei o Curso de Adaptação, que dava entrada ao Normal e como opção o de Aplicação. Fiz o correspondente no Ginásio Dorense e depois o Normal, já que o diploma de Normalista dava um status inigualável ao de hoje. As moças do interior não tinham outra escolha: ser professora o dona de casa. Depois de 3 anos a aluna colava-se em 1º. Grau.

* Minha turma era composta de 24 alunas, de Dores, Bom Despacho, Abaeté, Luz, São Gotardo e Patos de Minas. Foram nossos professores:

 - Iracema Dufles Teixeira – Metodologia

 - Palmira Lobo – Educação Física

 - Dr Ovídio José dos Santos – Ciências

 - João Neves – Matemática

 - Música e Canto Coral – Célia de Oliveira

 - Hilda Bernardes – Desenho e Trabalhos Manuais

 - Waldemar de Almeida Barbosa – Geografia

 - Dr. Eurípedes Campos Vaz e Melo – Português.

 *As aulas eram quase sempre expositivas e as alunas faziam suas anotações. A disciplina era muito boa. As alunas, em geral, respeitavam os professores, tornando-se, muitas vezes, suas amigas.

 Faziam-se filas para a entrada nas salas de aula e, uma vez por semana, cantava-se o Hino Nacional, à frente do prédio, com o hasteamento da bandeira.

* Havia alunas de várias classes sociais e, para atender ao nível social mais baixo, bolsa de estudo e cantina escolar; respeitava-se também a religião de cada aluna.

* O uniforme, estilo marinheiro: saia azul marinho, pregueada, blusa branca, gola marinheiro (do tecido da saia), meias pretas, nem sempre condizia com o clima da cidade.

 A gravata indicava a série: I, II e III - Normal.

* Uma vez por mês, um professor fazia uma palestra, à noite, no Salão Nobre, de acordo com a disciplina que lecionava.

 Compareciam alunas, professoras e às vezes, alguns pais.

 *Os recreios eram uma oportunidade de convivência entre colegas – no galpão ou à sombra das belas árvores.

* Digna de atenção era a exposição de trabalhos manuais, confeccionados pelas alunas, sob a orientação das professoras de trabalhos manuais. Era aberta ao público.

 *No fim do ano, as promoções eram feitas através de provas orais e escritas.

* A entrega dos diplomas era realizada em solenidade festiva, com paraninfo da turma e discurso da oradora, escolhida pelos colegas.

 *A observação nas Classes Anexas era realizada nas salas da professoras:

 - Selva Augusta de Souza

 - Alda Ribeiro

 - Altina Costa

 - Walkiria Melgaço Guimarães

* Das 24 alunas que colaram o 1º. Grau, apenas duas seguiram o Curso de Aplicação, Pedrolina Álvares de Azevedo e eu.

 Foram nossos professores: 

 - Ester Alves – Metodologia e Prática de Ensino

 - Sílvia Moura Soares – Psicologia Educacional

 - Dr. José Bernardes Filho – História da Educação

 - Palmira Lobo – Educação Física

 - Dr. João Chagas de Faria – Biologia

* De posse do diploma de 2º. Grau, substitui alguns professores da Escola, inclusive no Curso de Acomodação, em vista da Reforma do Ensino.

* Depois fui assistente de D. Ester Alves, então professora de Metodologia e Prática do Ensino e mais tarde, Diretora da Escola.  D. Esterera natural de Ouro Preto, onde completou o Magistério. Em Belo Horizonte, matriculou-se no Curso de Aperfeiçoamento, no Instituto de Educação.  Completado o curso, foi designada para a Escola Normal “Francisco Campos”, como professora de Metodologia e Prática de Ensino e orientadora das Classes Anexas e, comprovada sua eficiência, Diretora da Escola por duas vezes, em 1938 e de 1946 a 1951, ano  de sua morte.

 *No dia 13 de março de 1951, no 1º. Horário (tendo antes passado na Capela do Internato, onde morava), dando aula para uma das turmas do Curso Normal, foi acometida de uma súbita parada cardíaca, fulminante, vindo a falecer na própria sala de aula, na presença das alunas. Seu irmão João, farmacêutico também em Dores, foi chamado e nada pode fazer. O velório foi no Salão Nobre da Escola e exposto à visitação pública.

 *O enterro foi no dia seguinte, com a presença dos corpos docente e discente e grande parte da população de Dores.

 A Banda de Música Santa Cecília acompanhou o féretro, executando marchas fúnebres. Os irmãos de D. Ester, Antônio, dono da farmácia, que também residia em Dores; Benedito, professor da Faculdade de Engenharia; Maria do Rosário e Odila (professoras aposentadas) e Pe. Geraldo, professor da UFGM. A memória de D. Ester ficará gravada na trajetória histórica da Educação em Dores do Indaiá.

 *Com a morte de D. Ester, a cadeira de Metodologia e Prática do Ensino ficou acéfala. Laura Fiúza Guimarães, então Secretária da Escola e eu fomos a

Belo Horizonte, para conseguirmos junto ao Secretário da Educação, expor o problema.

 Fui aconselhada a prestar exame de suficiência para ocupar a referida cadeira.

 Fiquei alguns dias em Belo Horizonte e, na data marcada, compareci ao Instituto de Educação para prestar o referido exame: prova escrita e uma aula pra uma turma do referido Instituto, de um assunto previamente sorteado.

 Felizmente, fui aprovada por uma equipe de três professoras do Instituto e, voltando à Escola, tomei posse nas referidas cadeiras e orientação das Classes Anexas.

 *O meu trabalho com as alunas- mestras, além das aulas, foi: pesquisas na Biblioteca, estudo dos grandes educadores; foi desenvolvido um trabalho com alunos de classe social inferior. 

* Por ocasião da “Semana da Criança”, visitávamos escolas rurais, onde as alunas apresentavam teatrinhos de sombra, fantoches e dramatização de história infantis.

* Com colaboração  de diretoras das grupos escolares, as alunas, divididas em grupos, desenvolviam atividades de observação e participavam, quando solicitadas.

* Nas Classes Anexas desenvolviam atividades inerentes à Prática de Ensino: observação, participação e direção das atividades.

 *No 1º. caso, apenas observavam. No 2º.caso, participavam das atividades e no 3º., dentro de um assunto previamente escolhido do programa, davam aulas, sob a supervisão da professora de Prática de Ensino.

* Grandes atividades eram levadas também na “Semana da Criança: comemorações da data, fantoches, distribuição de merenda e confecção de lembrancinhas. Participavam também nos dias das mães e dos pais.

 As alunas, durante o curso, confeccionavam material pedagógico ilustrativo e visual para uma exposição no fim do ano, aberta ao público, principalmente às professoras.

 *Trabalhei com as professoras Norma Assunção, Pedrolina Álvares de Azevedo, Letícia Guimarães Machado, Therezinha de Faria Guimarães, Ailma Lopes, Maria Campos de Paiva, Dilza Rezende de Castro, Ornélia Inácio, Zaira de Lacerda Bernardes e outras, que ficaram pouco tempo.

* A Secretaria de Educação promovia anualmente o “Curso de Férias” e os professores eram convocados de acordo com as disciplinas que lecionavam.

Os professores ficavam em hotéis ou casas de família e a Secretaria arcava com todas as despesas. Era um encontro com docentes de outras cidades, com objetivos e ideais afins. As aulas eram ministradas no Instituto de Educação e tinham o patrocínio do não Programa de Assistência Brasil/Estados Unidos, além de professores brasileiros. Novas técnicas de ensino eram desenvolvidas e levadas para as respectivas escolas.

* Em 1966 fui convidada pela Secretaria da Educação a fazer um curso na DAP (Divisão de Assistência do Professor), para atualização e melhoria do ensino.

 Funcionando na Gameleira, encontrei um ambiente amigo e acolhedor.

 As experiências foram ricas e tive um ótimo contato com colegas de Minas e de outros estados. Voltei em 1967, assumindo as funções anteriores.

* Em 1968 fui convidada a fazer parte do corpo docente do MEC, na área de Estudos Sociais. Várias ex-alunas assumiram as minhas funções: Maria das Dores Caetano Guimarães (Branca), Nívea Caetano e outras que desenvolveram também um bom trabalho. 

* Digna de nota foi a projeção de ex-alunas na Capital, lecionando no Grupo de Demonstração Prof. Leon Renault, do Centro de Recursos Humanos João Pinheiro: Joanice Lino da Silva, Joana D´Arc Lino da Silva, Maria Lúcia Gomes e Conceição Moura Bonfim.

* Com o passar do tempo, o prédio da Escola Normal precisava de reformas. 

 A Secretaria de Educação, consultada, liberou uma verba para a referida reforma. Enviou uma equipe de técnicos para fazer o projeto e iniciar os trabalhos. Infelizmente, não houve uma fiscalização a contento e muito material se perdeu, afetando o acervo inigualável da Escola.

 *Hoje, relembrando minha missão de responsável, entre outras, pela formação de jovens, penso que eu contribuí para que nossa Escola formasse professoras dignas, idealistas e que ainda hoje conservam, na mente e no coração, as lições aprendidas e o doce convívio com professores e colegas. 

 Aqui fica o meu pesar: que a Escola, fundada para formar professoras, não tenha mais o Curso de Magistério!

   Maria Helena Fiúza Guimarães

 

domingo, 30 de março de 2014


NOITE DE  VELAS

MARIA

 

         Tenho dois filhos do mês de março – Eduardo, no dia 11 e Paulo Emílio, no dia 31. O Ano ficou marcado pelo Eduardo – 64. O dia, pelo Paulo Emílio, o caçula .

         Como  esquecer – aqui em casa?- o mês de março, a Revolução que mudou tanta coisa em nossa história - na do Brasil e na HISTÓRIA DOS CAETAN0S GUIMARARÃES? Como?

         Essa crônica é para os dois filhos queridos.

 

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                Eu estava de neném novo – o quarto filho – Eduardo.

            Uma escadinha, de ano em ano.

            Vivíamos entre fraldas e mamadeiras, entre chazinhos e talcos. Não havia tempo para nada.

            Já era março e o BEM não havia estreado o guarda-chuva novo que lhe dei no aniversário, para enfrentar as chuvas de janeiro – mês de seu aniversário.

            O guarda-chuva era daqueles que só bastava  apertar um botãozinho... e ploft! ... abria sozinho, feito um tiro. Naquele ano, esse guarda-chuva era a maior novidade!

            Mas naquela noite de março, a chuva forte apagou a luz e nossa creche particular virou um fuá! Por isso que, mesmo no escuro, o BEM estreou o guarda –chuva que se abria sozinho. Onde já se viu passar uma note no escuro com aquela meninada miúda? O jeito foi enfrentar o toró e comprar velas, bastante velas, lá no Bazar da Fortuna, com o Moá – Moacir.

            Pronto.  Velas pela casa toda, restauramos a harmonia na creche. Os dois maiores  Ricardo Antônio e Altina Lúcia - pingavam vela quente na mão e morriam de rir das verruguinhas. Queriam, por força,  fazer pintinhas na mãozinha do neném novo, de poucos dias. E ainda havia a Ana Rita, de pouco mais de uma ano, ajudando na confusão...Foi uma peleja varar a noite... aquela noite de 31 de março!

            Dia novo, ludo lavado pela chuva forte. O BEM precisava sair e procurávamos o guarda-chuva pela casa toda

            E foi então que dei com “ele”,  - primeiro, só aparecia seu cabo, de metal, reluzente num canto, encolhido, escondido das mãos levadas dos meninos.

            O guarda-chuva novo! Lá estava ele!

            Gente, quase “quebrei o resguardo” de tanto rir.

            Ao comprar as velas, lá no Bazar da Fortuna, o balcão ficara cheinho de guardas-chuva -o BEM trocou o novo por aquele ali, velho, baselento, todo furado. No escuro, nem ele – nem ninguém – deu pela coisa...

            Foi assim que a REVOLUÇÃO DE 64 começou aqui em casa: um neném novo, uma noite sem luz, e um guarda-chuva velho e desbotado. No lugar de um novo, que dava tiro para  abrir...

            Presente de aniversário.

           

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sábado, 29 de março de 2014

 

Outra Entrevista dos tempos áureos da Escola Normal.
Hoje, a história  fica a cargo da Maristela Silva Veloso, filha do Demóstenes e D. Emilinha - aquela representante da ALEGRIA - aquela que está sempre com a cara melhor do mundo... Aquela moça bonita - hoje, vovó bonita - que encantou o cerimonioso Benedito Veloso - do BEMGE - com ele se casou  vivendo em Nova Serrana, curtindo a saudade do maridão, que cedo ainda  foi morar com os anjos...
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 Prezada Branca,

 Quando se nos oferece uma alavanca extra e eficaz para “libertar” o manancial de lembranças, o impulso inicial é deixá-la de lado. No dia-a-dia, se vai acostumando, criando amizade e... de repente, ela é uma amiga a nos exigir confidências que só nos trarão lembranças saudosas, mas muito, muito agradáveis e doces. Foi o que me aconteceu ao receber sua solicitação. Selecionei esses “causos”, mas há uma gama imensa de outros se acotovelando para virem à tona, afinal, foram 8 anos de vivências (1 para a repetência) na E.E.F.C.
 1º.) Dores, cidade tradicional, hoje percebo uma família numerosa, com poucos enxertos estrangeiros. Tradição: falecia uma pessoa ligada à Escola, essa comparecia em massa, não se contentavam com uma pequena embaixada. Morre o irmão de D. Helena Caetano, de D. Tota. Acompanhamos o féretro da residência (você bem sabe de qual casa) até Igreja Matriz. A missa seria rezada. Maria Ester (minha prima, filha de Vicente e Celina) começa a segredar de ouvido a ouvido: “no caminho do nosso sítio está uma beleza: o verde das gabirobas com o verde-amarelado das cagaiteiras”. Essa missa será demorada, vamos lá? 
 Saíram as corajosas: uniformes de meia-preta, saias pregueadas abaixo do joelho, cabeção e punhos arrancados e a poeira fina para enfeitar tudo isso e proteger do sol escaldante.
 Não contávamos que algum pedestre mais esperto já havia feito antes a colheita das cobiçadas frutas. Mas valeu: os casos, as risadas, os cantos, as danças improvisadas e as piadas.
 A volta à realidade: um bando de alunas douradas pelo pó, da cabeça à ponta do sapato, para à porta da Matriz. Onde estava o cortejo fúnebre?  Se não havia chegado ao cemitério deveria estar bem próximo! No alto da escada, batendo nas mãos as cadernetas escolares e fulminando com seu olhar penetrante o nosso comitê de recepção, a Veva!
 
2º.) Professor Carvalho acumulava duas funções: Diretor e professor de inglês. Que alegria, essa duplicata favorecia com grande incidência as sonhadas aulas-vagas. Aquela era uma oportunidade sem par para que inovações fossem acrescentadas à rotina, a vida escolar se tornando muito agradável e pitoresca.
 Assim, na aula vaga, resolvemos esconder uma bolsinha que Tirlina (Valterlina) sempre carregava, pois D. Tatão gostava das filhas elegantes. Lendo, Machado de Assis, descobríramos que bolsinha, no português erudito, era bolseta. Amamos aquele adquirir de cultura, apenas trocamos o l pelo r.
 
A bolsinha havia sido jogada da sala do 2º. andar, para o térreo e uma colega a escondera. A Tirlina ficou brava, brigou, ameaçou e nada! Por fim, percebeu que o choro é mais poderoso.
 Vamos descendo a escada com ela chorando, com falta de ar (sofria bronquite) e nós que éramos as criadoras/executoras da ação, conformando-a, com um riso preso no canto dos lábios, aguardando o desfecho.
 Chegamos ao pé da escada. Quem chega a passos rápidos? Ele, o Professor Carvalho. Que cena chocante! O que aconteceu, por que tanto choro? A Tirlina nem vacila para responder: - o senhor viu a minha borsetinha? Ela sumiu. Quem sumiu escada acima foi ele. E nós, quase estouramos de  tanto rir....

sexta-feira, 28 de março de 2014


A Entrevista de hoje é com a simpática aluna, IRANI COSTA LOPES,  cuja simpatia atrai a todos que a conhecem. O Lopes é de seu marido, Delembert Lopes, já falecido)

Ela narra epísódio pitoresco, mostrando os costumes da época, mostrando, acima de tudo,- o temperamento forte da aluna, desafiando, nada mais ,  menos do que a enérgica Secretária da Escola: a VEVA, vigilante dos costumes e da disciplina da Escola.
Veva fazia qualquer um tremer dos pés à cabeça quando achava que estava com a razão...
Até que topou com a IRANI COSTA...







ENTREVISTA : Irani Costa

1 - Você foi aluno(a) da Escola em que período?

De 1950 a 1954 e de 1963 a 1966.

2 - Quem eram

      - Diretor(a): D. Ester Alves, Prof. João Neves, Dr. Augusto e Pe. Miranda.

      - Professores(as): Leonardo Mota, Aparecida França, Waldemar Barbosa, Rosa Moura, Amélia Soares, Rubens Fiúza, Prof. Pedico,( Pedro Teles de Oliveira )D. Adélia, Helena Fiúza, Sílvia Moura, Jalma Costa, Dr. Di João Chagas de Faria) e Prof. Carvalho.

3 – Outros funcionários:

Veva, Cornélia, Irene, Cacilda e Hélio.

4 – Havia alunos de todas as classes sociais em sua época?

Não.

5 – Havia alunos de diferentes raças?

Não.

6 – Como era a disciplina?

Rígida: fila para entrada; em pé, dentro de sala para esperar o professor.

7 – Havia alunos de ambos os sexos?

Não

8 – Relate fatos interessantes sobre seu tempo na Escola, sobre alunos, professores, importância da Escola na sociedade, qualidade do Ensino e outros de que você se lembre.

O ensino era reconhecido como excelente em toda região. Para cá vinham alunas de Bom Despacho, Tiros, Morada Nova, São Gotardo, Estrela do Indaiá, Luz e até de Bonfim e Belo Horizonte.

Era 7 de Setembro. Eu desfilaria à frente da bandeira, vestida de branco, calça, blusa, tênis e luvas.

Depois de passar quase a noite toda confeccionando o traje, cheguei à Escola às 7 horas para o desfile, me achando a mais linda de todas as estudantes.

Quando a Veva me viu, correu para a Secretaria em prantos; fechou a porta com chave e não entregava a bandeira. Só o fez depois de muita conversa e muita reza, mas não quis ver o desfile nem pela janela.

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DIRETORES DA ESCOLA ESTADUAL FRANCISCO CAMPOS – Escola Normal

 

1 – CORNÉLIO CAETANO DA SILVA GUIMARÃES

Dorense, nasceu a oito de agosto de 1884. Filho de Antônio Caetano da Silva Guimarães, poderoso chefe político da época e de D. Leopoldina de Souza Guimarães. Era primo do Dr. Francisco Campos. Dotado de rara inteligência, conhecia a Língua Portuguesa a fundo. Foi o fundador do Instituto Guimarães, famosa escola para adultos que desejavam aperfeiçoar seus estudos. Foi Prefeito Municipal por quinze anos e fundou o jornal “O LIBERAL”, que deixou de circular há pouco  tempo. Estudou no Caraça e fez Curso de Humanidades no Colégio Andrés, de Juiz de Fora. Era tio do grande poeta dorense, Emílio  Guimarães Moura.

 

2-DR HENRIQUE SCHIMITZ

 

Nasceu em Colônia (Renânia) – Alemanha Ocidental, aos quatro de setembro de 1893. Foi professor de Ciências Naturais e nomeado diretor quando a Escola se instalou no prédio novo.

Formado em Filosofia pela Universidade de Bonn (Alemanha) em 1926. Veio para Dores  do Indaiá em 1927, onde foi professor do Ginásio Dorense. Trouxe o primeiro aparelho de rádio para Dores – importado da Alemanha.

Faleceu em Belo orihOHorizonte, em 27 – 7 – 1942, vítima de uma ataque cardíaco quando ouviu a notícia de que a guerra havia chegado a sua terra natal. Foi sepultado no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, com honras militares, por ser um deles.

Nota: Seu maior amigo, o dorense, José de Souza Bernardes (Juca Bernardes) foi enterrado no mesmo cemitério – Bonfim – ao seu lado, por mera  coincidência.

 

3 -DR. EDGAR PINTO FIÚZA

 

– Dorense, nasceu em quatorze de janeiro de 1900, filho do grande político, Ricardo Pinto Fiúza e D. ária de Sousa Melgaço. Estudou Medicina em Belo Horizonte, formando-se em 1925. Vasta cultura, falava vários idiomas. Lecionou em Ouro Preto, onde se casou com D. Alvarina Malheiros Fiúza.

Foi médico de grande caridade, deixando órfãos os pobres da cidade, quando faleceu, em Belo Horizonte.

Deixou dois filhos: D. Maritza Malheiros Fiúza e o advogado e escritor, Dr. Ricardo Arnaldo Malheiros fiúza, de projeção nacional.

 

4 – DR. EURÍPEDES CAMPOS VAZ DE MELO.

 

Nascido em Pompéu – sobrinho de Francisco Campos, formou-se em Direito . Dirigiu a Escola por um pequeno período.

 

5 – DR. JOÃO BATISTA LOPES DE ASSIS.

 

Nascido em Manhuaçu, MG. Lecionava Português, quando foi indicado para o cargo de Diretor da Escola. Transferiu-se para Belo Horizonte, onde foi Diretor do Colégio Afonso Arinos.

 

6 – DR. OVÍDIO JOSE DOS SANTOS.

 

Natural do Baú da Estrela, estudou no Colégio Diocesano de Ouro Preto e fez o Curso de Medicina na Faculdade ded Medicna do Brasil, no Rio de Janeiro.

Era pessoa de grande visão, tendo fundando, em Dores do Indaiá, o Aeroclube.

 

7 –PROFESSORA ESTHER ALVES

 

Natural de Ouro Preto – MG, em 2312 -1900. Tinha grande vocação para o Magistério. Veio para Dores do Indaiá em 1931, residindo no Internato São José (Classes Anexas) com as Irmãs Vicentinas.

Lecionava Metodologia e Didática. Dirigiu a Escola por duas vezes, em 1938 e de 1946, até 13 de março de 1951, data de sua morte, que causou enorme comoção na cidade. Morreu em plena sala de aula, quando lecionava, ao sofrer enfarto cardíaco violento. Foi velada no Salão Nobre da Escola. Coincidentemente, D. Esther morreu no dia 13, às 13 horas. Seu nome ficou na história dorense, pela retidão e disciplina que impôs ao seu trabalho.

 

8 DR. JOSÉ BERNARDES DE SOUZA FILHO

 -Nasceu em Dores do Indaiá, em 19 de março de 1903. Era advogado, filho de José Bernardes de Souza, o Juca Bernardes, grande instrumentista.

Formou-se em Direito em 1927.

Era Professor de Português e fez carreira no Banco do Brasil, como advogado. Foi diretor da Escola Normal de 1942 a 1946.Casado com uma dorense, D. Cacilda de Oliveira.

Transferiu-se, com a família,  para Belo Horizonte, onde veio a falecer.

Orador brilhante, grande poeta, deixou belos poemas.

 

9-PROFESSOR ANSELMO BARRETO.

 

Nasceu em Barra Longa, MG. Estudou em São Paulo, onde lecionou no Instituto Pedagógico. Foi Diretor da Escola Normal de 1942 a 1946.

 Casou-se  com a dorense, D. Genoveva Oliveira  e lecionou francês no ginásio Dorense.  Foi grande orador.

 

10 – PROFESSOR ARTHUR DINIZ

 

Foi designado pelo Governo para substituir D. Esther Alves, até que fosse nomeado seu substituto.

Nesse mister, foi auxiliado por professoras experientes do Grupo Escolar Dr. Zacarias – D. Anita Faria, D. Iva Moura, D. Norma Assunçaõ, d. Geni Bernardes.

 

11 – PROFESSOR LEONARDO MOTTA DE VASCONCELOS

Nasceu na Paraíba, em 12 de maio de 1925. Tendo sido registrado em Fortaleza, Ceará. Veio para Minas Gerias com o Pe. Antenor Nunes Pimentel, onde lecionava no antigo Colégio de Padres, o PIO X. Foi Diretor da Escola em 1951, onde lecionava Latim e Filosofia. Era grande conhecedor de nossa Língua. Casou-se com a dorense, D. Amélia Soares de Vasconcellos, professora de Geografia. O casal transferiu residência para Lagoa da Prata em 1971.

 

12 –PROFESSSOR JOSÉ DE OLIVEIRA CARVALHO

Dorense, filho de José Bernardes de Carvalho e D. Amária  Câncdida de Oliveira, de tradicionais famílias da região.

Teve notória formação salesiana e foi grande professor de francês e inglês.Su esposa, D. Eunice Carvalho era também dorense.

Transeferiu-se para Belo Horizonte, onde ainda reside.

 

13 – PROFESSOR JOAQUIM GUILHERME FERREIRA

Poeta, literato, educador e advogado, filho de Ermelinda Celestina Ferreira e Gulherme Francisco Ferreira, nasceu em Manuaç~u, Minas Gerais, em 25 de setembro de 1895. Cursou as primeiras letras em sua terra natal. Transferiu-se em 1921 para Juiz de Fora, onde cursou o nível secundaário e o superior, passando a lecionar nos principais educandários da MANCHESTER MINIERA : Colégio São José, Grambery, Instituto Machado Sobrinho, Academia de Comércio, sende, à época, professor do futuro banqueiro, José de Magalhães Pinto. Transferiu-se para Belo Horizonte em 1929, onde continuou a lecionar, edicando-se _a carreira de Advogado. Bom orador e poeta escreveu dois livros de poesia – Estilias e Carmes e Poemas.Foi diretor da Escola Normal de Pitangui e lecionou em educandários de Pará de Minas e Itaúna. Foi o fundador do Ginási Estadual de Bom Despach e iretor da Escola de Peçanha.

Dirigiu a Escola Estadual Francisco Campos “com grnde prazer e orgulho”, como falava sempre. Foi casado com D. Hermenegilda de Paula Ferreira e faleceu em 14 de outubro de 1986.

 

14 – DR. JOÃO BOSCO CARNERIO BASRBOSA.

Filho do Historiador, Waldemar de Almeida Barbosa, dotado de rara inteligência.

Era advogado e jornalista   em Belo Horizonte, onde deixou vasta folha de serviços nos principais jornais da Capital Mineira.

Casado com a dorense, d. Helenice Senra Barbosa, faleceu em Belo Horizonte.

 

15 – PROFESSOR JOÃO NEVES

Mineiro de Ouro Preto, chegou a estudar Engenharia, deixando o Curso para lecionar. Veio para Dores o Indaiá a convite de D. Esther Alves, sua conterrânea e nunca mais voltou a sua terra natal. Adaptou-se na Sociedade Dorense  e foi sempre considerado filho da cidade, tão grande era seu carisma e prestígio. Dizia que era dorense, que Dores do Indaiá era sua terra natal

Inteligência brilhante, grande professor de Matemática, de várias gerações, teve morte trágica, vítima de latrocínio – quando dormia, em sua residência, nesta cidade.

Foi velado no Salão Nobre da Escola Normal e sepultado no Parque Cristo Rei, em Dores do Indaiá.

 

16 – DR AUGUSTO DE MELLO NETO

Nascido em São Gotardo – MG, em TRE de março de 1931, filho de José Maria de Mello e Maria Cândida de Araújo. É médico e fez o Curso Ginasial em Dores do Indaiá.

Foi grande Professor de Biologia, e Biologia Educacional.Anatomia e Fisiologia Humanas sendo venerado por seus alunos.

Foi Diretor da Escola Normal por dois períodos: 1963 a 1965 e de 1992 a 1996.

É escritor e poeta, tendo publicado um livro de memórias – O CANTO DO CISNE, além de poemas publicados nos jornais da cidade.

Casado com D. Maria Inez de Menezes Mello, professora da Escola Normal e, mais tarde, Diretora .

 

17 – D. ANTÕNIO AFONSO DE MIRANDA.

Sacerdote Sacramentino, foi Vigário de Dores do Indaiá, por longos anos. Possuidor de vasta Cultura, lecionava na Escola Normal, chegando à Diretoria, onde exerceu o cargo de 1966 a 1971.

É Natural de Cipotânea, Minas Gerais.

 

18 – PROFESSORA MARIA APARECIDA FRANÇA TELES.

Natural de Dores do Indaiá, nasceu a cinco de julho de 1925, sendo  filha de Edmundo França Gontijo e D. Luísa Fiúza Gontijo. Estudou no Colégio Sacré Couer de Jésus, em Belo Horizonte, onde se distinguiu pela inteligência brilhante e conhecimento da Língua Portuguesa.

Terminado o Curso, volta a sua terra, onde lecionou Português por longos anos, chegando à Diretoria em 1977.

Enérgica, direcionou seu trabalho em favor dos alunos carentes, promovendo-os, dando-lhes apoio em todos os sentidos.

Casada com Francisco Teles de Carvalho, deixou grande marca em sua passagem pela Escola. Faleceu em Belo Horizonte, sendo sepultada em Dores do Indaiá.

 

19 – PROFESSORA MARIA INEZ DE MENEZES MELLO

Mineira de Teófilo Otoni, nascida em 28 de dezembro de 1925, filha de Carlos Ribeiro e D. Amélia Ribeiro de Menezes. casada com o médico, Dr. Augusto de Mello Neto. O casal fez história no Ensino da Escola Normal, onde ambos foram professores e Diretores. D. Inez foi brilhante em sua carreira de Educadora: residindo em Estrela do Indaiá, deixou a marca de seu trabalho, fundando, ali, o Curso de Magistério, grande conquista para as famílias – cujas filhas precisavam estudar em outras cidade.Possuía vários diplomas:   Artes, Educação Musical, Pedagogia (Administração Escolar). Na Escola Normal foi Professora de Pré-Primário. Foi Auxiliar de Diretoria e assumiu a Direção onde permaneceu até 1992.  

D. Maria Inez faleceu em Belo Horizonte, para onde o casal se transferiu, onde Dr. Augusto Mello Netto continua residindo.

 

20 – PROFESSORA GERALDA CAETANO AMÂNCIO.

Nascida em Abaeté, MG, em 14 de abril de 1940, filha de Geraldo Caetano da Fonseca e Elisa de Vasconcellos Caetano.

Cursou Magistério, Estudos Sociais, Pedagogia, Supervisã, Inspeção e Administração Escolar.

Foi Diretora eficiente e admirada pelo valioso trabalho exercido.

Casada com Ildefonso José Amâncio, o casal transferiu residência para Brasília, DF.

 

21–PROFESSORA CLARINDA DE LOURDES VASCONCELLOS CAETANO

 

Natural de Estrela do Indaiá, MG – nascida em  23 de abril de 1944,  filha de Geraldo Rodrigues dos Santos e D. Galdina Jorge da Silva.

Fez o  Magistério em Dores do Indaiá, onde se casou com Fernando Vítor Vasconcellos Caetano.

Possui os Cursos de Pedagogia, Administração e Orientação Educacional. Foi Diretora dinâmica e seu nome é sempre lembrado por sues aluno. Reside em Dores do Indaiá.

 

22 – PROFESSORA JANDIRA LINO DA SILVA PINTO

 

Natural de Abaeté, filha de José Lucas Lino da Silva e de D. Jandira Lino da Silva. Família de intelectuais em cujo seio nasceram grandes educadores.

Estudou em Dores do Indaiá, onde foi aluna de realce, mais tarde, professora no Curso de Magistério. Foi diretora dedicada, onde se destacou pelo trabalho realizado.

Casada com Francisco Pinto , o casal reside em Dores do Indaiá.

 

23 – DR ERNANDO LOPES CANÇADO

 

Natural de Pitangui, filho de Fernando Lopes Cançado e D. Maria Caetano dos Santos, nasceu em 11 de março de 1938.

Transferindo-se para Dores do Indaiá, Cursou Direito, atividade que exerce ainda hoje. Foi Professor da Escola Normal, onde chegou à Diretoria.  sendo admirado por seu cavalheirismo no trato com as pessoas. É casado com D. Maria da Conceição Lopes Cançado, e reside em Dores do Indaiá.

 

24 –PROFESSOR ANTÔNIO RODRIGUES FILHO

 

Nasceu em Estrela do Indaiá, em 228 de março de 1949, filho de Antônio Rodrigues Braga e Orcília Rodrigues.

Cedo, transferiu-se para Dores do Indaiá, onde seus pais passaram a residir.

Além do Curso de Técnico em Contabilidade, cursou Pedagogia (Supervisão e Orientação Educacional).

Fez ótimo trabalho como Diretor, sendo conhecido pela energia com que  administrava a Escola Normal.

Casado com D. Zulma Lacerda, reside em Dores do Indaiá.

 

25 – PROFESSOR ORLANDO MARQUES DA SILVA.

 

 Natural de Dores do Indaiá, desde cedo lecionou Matemática, matéria que domina com grande capacidade.

Lecionava a matéria na Escola, quando foi convidado a dirigi-la. Lecionou a mesma matéria na Faculdade de Luz – MG por longos anos. Casado com D. Terezinha Marques, reside em Belo Horizonte.

 

26 – PROFESSOR AILTON MATOS DE ASSIS.

 

Natural de Dores do Indaiá,  em 14 de abril de 1959  é filho de Rita Teodora da Silva e Altamiro de Matos.

Cursos: Técnico em Contabilidade, Ciências , Licenciatura Plena em Química e Pós-Graduação em Matemática.

Dirigiu a Escola Normal, onde deixou um ótimo  trabalho, realizado com energia e dedicação.

Reside em Dores do Indaiá, onde ainda atua no Magistério.

 

27 – PROFESSORA ANA MARIA ANDRADE.

 

 Nasceu em Dores do Indaiá, sendo filha de Iracy Pinto da Silva e d. Ana Andrade Silva.

Está na segunda fase de sua direção, tendo seu trabalho reconhecido e respeitado pela sociedade escolar, que a elegeu para o segundo período de gestão como diretora.

E Professora de Português, com Pós-Graduação.

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Dores do Indaiá, 22 de março de 2014.

 

Fonte: Arquivo da Escola Estadual Francisco Campos.