Resumo do Histórico da Escola Estadual Francisco Campos
1 – O povo de Dores do
Indaiá ansiava por uma escola de Ensino Secundário que viesse suprir a falta de ensino adequado para os jovens.
2 – Formou-se uma Comissão
para fazer o pedido ao Governador do Estado, Dr. Antônio Carlos Ribeiro de
Andrada, através de um dorense ilustre, DR. FRANCISCO LUÍS DA SILVA CAMPOS, que
era Secretário do Interior, à qual estavam incluídos os assuntos referentes à
Educação. Francisco Campos havia feito a
reforma do Esnino em todo o Estado e era Deputado pelo partido PRN (Partido
Republicano Mineiro). Dores do Indaiá tinha as melhores chances de ser
atendida, já que um dorense ocupava tão alto cargo no Governo.
3 –No dia 8 de outubro de 1927, realizou-se
grande assembleia popular, no Cinema
Dorense, antigo Teatro Melpômene , na Avenida Francisco Campos – antiga Rua XV
-, esquina com Rua Rio de Janeiro, (hoje, estabelecimento comercial – em frente
à Farmácia da Medalha Milagrosa).
A sessão foi presidida pelo Juiz de Direito,
Dr. José Sátiro da Costa e Silva,
contando com a presença de: Jeremias Caetano Júnior, Eduardo de Almeida
Barbosa, Vigário Luiz Gonzaga da Silva e Souza, Dr. Maurício Otoni, Dr. José
Argemiro de Moura (Dr. Juquinha) e muitos outros. Depois de muitas reuniões,
formou-se uma Comissão especial, a fim de tomar as medidas necessárias para a criação da
Escola Normal. A Comissão era composta das seguintes pessoas: Dr. José Sátiro, Dr.
Maurício Otoni, Dr. José Argemiro de Moura, Dr. José de Assis Rocha, Eduardo
Barbosa, Alexandre Lacerda, Bartolomeu Greco e José Bernardes de Souza.
4 – Essa Comissão criou a Escola, organizou
a Diretoria, criou o corpo docente com a finalidade de se obter sua
oficialização.
5 – Foi criada uma nova Comissão para
conferenciar com Francisco Campos em Belo Horizonte : Dr. José Argemiro de Moura, Dr. Maurício Otoni, Dr.
Henrique Schmitz, Dr. Edgar Pinto Fiúza, Dr. José Sátiro, José Bernardes, Ofli
Ribeiro e Bartolomeu Greco.
A Comissão foi prontamente atendida pelo
Deputado dorense, voltando a Dores do Indaiá com novos planos e com a promessa
formal de que a Escola seria criada.
6 – Criação–Realmente, pelo Decreto 8.245, de 18 de fevereiro de
1928, a Escola Normal foi criada.
“Em
Dores só se falava nesse assunto. Deste modo, quando chegou a notícia,
organizou-se logo uma passeata pela cidade, com banda musica, fogos e discursos
em número nunca dantes ouvido.Houve dezenas de discursos.
Diante
da porta de cada um dos que haviam trabalhado para aquele desiderato, a
multidão parava, um orador falava, seguindo-se o agradecimento e a marcha pela
banda. Coko eram muitos os que haviam, por qualquer forma, dado seu apoio à
iniciativa, às três horas da madrugada ainda se ouviam discursos.” (Waldemar de
A. Barbosa, Dores do Indaiá do Passado – pág. 74)
7 – Inauguração Oficial da Escola e local do
funcionamento –Com a presença do Secretário do Interior, a Escola Normal foi
oficialmente inaugurada a 22 de março de 1928, no prédio onde funcionava – a
Prefeitura, na Praça do Rosário. (Mais tarde, funcionaram ali: o Ginásio
Dorense e o Colégio Municipal São Luís, recentemente transferido para a Escola
Estadual Dr. Zacarias.
Em
19 de março de 1930, foi elevada à categoria de Escola Normal de 2º grau,
recebendo, por novo Decreto estadual, a denominação de Francisco Campos.
8 – Prédio próprio: A construção do prédio
próprio para seu funcionamento teve início assim que a Escola foi instalada.
A
planta foi feita pelo engenheiro, Dr. Augusto César Maia, e toda a obra
foi acompanhada de perto pelo engenheiro alemão, Dr. Walter Ude. O dorense Ofli
Ribeiro foi o empreiteiro da obra.
Nota: O Estado fornecia
a verba para a construção do prédio e, quando havia atrasos, o abnegado empreiteiro continuava a construção,
fazendo empréstimos - até com sacrifício pessoal – para terminar o prédio.
Forneceu, de graça, toda a madeira para
a construção, extraída de sua fazenda)
9 – Equipamentos: rica biblioteca,
especialmente na área pedagógica, sala-ambiente
de Geografia, de Música, projetor de cinema e de slides, aparelhos para a
prática de Educação Física, quadras esportivas, Laboratórios de Física e de
Química ( com magnífico equipamento importado da Alemanha, Museu de História
Natural, Salão Nobre, luxuosamente mobiliado (para reuniões e festas escolares)
pianos e um prédio anexo, para classes experimentais do ensino primário (mais
tarde Internato para alunas de cidades vizinhas, dirigido pelas irmãs
Vicentinas - Internato São José.
10 – Os primeiros professores vieram,na
maioria, da Escola de Aperfeiçoamento Pedagógico de Belo Horizonte e outros
Estados.
Fonte: Arquivo da Escola Estadual Francisco
Campos.
.................................................................................................... Dores
do Indaiá, 19 de março de 2014.
Prezada D. Maria,
ResponderExcluirparabéns pelo blog! Fiquei feliz pela menção a meu bisavô Jeremias Caetano Júnior e ao vigário Luiz Gonzaga da Silva e Souza, meu tio-avô em terceiro grau.
Gostaria muito de obter fotos e dados destes familiares. Ficaria grato por qualquer ajuda!
João Andrade - joao.andrade@ymail.com