quinta-feira, 20 de março de 2014


 

Resumo do Histórico da Escola Estadual                                              Francisco Campos

 

1 – O povo de Dores do Indaiá ansiava por uma escola de Ensino Secundário que viesse suprir  a falta de ensino adequado para  os jovens.

2 – Formou-se uma Comissão para fazer o pedido ao Governador do Estado, Dr. Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, através de um dorense ilustre, DR. FRANCISCO LUÍS DA SILVA CAMPOS, que era Secretário do Interior, à qual estavam incluídos os assuntos referentes à Educação.  Francisco Campos havia feito a reforma do Esnino em todo o Estado e era Deputado pelo partido PRN (Partido Republicano Mineiro). Dores do Indaiá tinha as melhores chances de ser atendida, já que um dorense ocupava tão alto cargo no Governo.

3 –No dia 8 de outubro de 1927, realizou-se grande assembleia popular, no  Cinema Dorense, antigo Teatro Melpômene , na Avenida Francisco Campos – antiga Rua XV -, esquina com Rua Rio de Janeiro, (hoje, estabelecimento comercial – em frente à Farmácia da Medalha Milagrosa).

A sessão foi presidida pelo Juiz de Direito, Dr. José  Sátiro da Costa e Silva, contando com a presença de: Jeremias Caetano Júnior, Eduardo de Almeida Barbosa, Vigário Luiz Gonzaga da Silva e Souza, Dr. Maurício Otoni, Dr. José Argemiro de Moura (Dr. Juquinha) e muitos outros. Depois de muitas reuniões, formou-se uma Comissão especial, a fim de  tomar as medidas necessárias para a criação da Escola Normal. A Comissão era composta das seguintes pessoas: Dr. José Sátiro, Dr. Maurício Otoni, Dr. José Argemiro de Moura, Dr. José de Assis Rocha, Eduardo Barbosa, Alexandre Lacerda, Bartolomeu Greco e José Bernardes  de Souza.

 

4 – Essa Comissão criou a Escola, organizou a Diretoria, criou o corpo docente com a finalidade de se obter sua oficialização.

 

5 – Foi criada uma nova Comissão para conferenciar com Francisco Campos em Belo Horizonte orizonte: Dr. José Argemiro de Moura, Dr. Maurício Otoni, Dr. Henrique Schmitz, Dr. Edgar Pinto Fiúza, Dr. José Sátiro, José Bernardes, Ofli Ribeiro e Bartolomeu Greco.

A Comissão foi prontamente atendida pelo Deputado dorense, voltando a Dores do Indaiá com novos planos e com a promessa formal de que a Escola seria criada.

 

6 – Criação–Realmente,  pelo Decreto 8.245, de 18 de fevereiro de 1928, a Escola Normal foi criada.

 

         “Em Dores só se falava nesse assunto. Deste modo, quando chegou a notícia, organizou-se logo uma passeata pela cidade, com banda musica, fogos e discursos em número nunca dantes ouvido.Houve dezenas de discursos.

         Diante da porta de cada um dos que haviam trabalhado para aquele desiderato, a multidão parava, um orador falava, seguindo-se o agradecimento e a marcha pela banda. Coko eram muitos os que haviam, por qualquer forma, dado seu apoio à iniciativa, às três horas da madrugada ainda se ouviam discursos.” (Waldemar de A. Barbosa, Dores do Indaiá do Passado – pág. 74)

 ouve dezenas de discursos.

7 – Inauguração Oficial da Escola e local do funcionamento –Com a presença do Secretário do Interior, a Escola Normal foi oficialmente inaugurada a 22 de março de 1928, no prédio onde funcionava – a Prefeitura, na Praça do Rosário. (Mais tarde, funcionaram ali: o Ginásio Dorense e o Colégio Municipal São Luís, recentemente transferido para a Escola Estadual Dr. Zacarias.

        Em 19 de março de 1930, foi elevada à categoria de Escola Normal de 2º grau, recebendo, por novo Decreto estadual, a denominação de Francisco Campos.

 

8 – Prédio próprio: A construção do prédio próprio para seu funcionamento teve início assim que a Escola foi instalada.

A  planta foi feita pelo engenheiro, Dr. Augusto César Maia, e toda a obra foi acompanhada de perto pelo engenheiro alemão, Dr. Walter Ude. O dorense Ofli Ribeiro foi o empreiteiro da obra.

Nota: O Estado fornecia a verba para a construção do prédio e, quando havia atrasos, o  abnegado empreiteiro continuava a construção, fazendo empréstimos - até com sacrifício pessoal – para terminar o prédio. Forneceu, de graça, toda a madeira  para a construção, extraída de sua fazenda)

 

9 – Equipamentos: rica biblioteca, especialmente  na área pedagógica, sala-ambiente de Geografia, de Música, projetor de cinema e de slides, aparelhos para a prática de Educação Física, quadras esportivas, Laboratórios de Física e de Química ( com magnífico equipamento importado da Alemanha, Museu de História Natural, Salão Nobre, luxuosamente mobiliado (para reuniões e festas escolares) pianos e um prédio anexo, para classes experimentais do ensino primário (mais tarde Internato para alunas de cidades vizinhas, dirigido pelas irmãs Vicentinas - Internato São José.

 

10 – Os primeiros professores vieram,na maioria, da Escola de Aperfeiçoamento Pedagógico de Belo Horizonte e outros Estados.

 

Fonte: Arquivo da Escola Estadual Francisco Campos.

 

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Um comentário:

  1. Prezada D. Maria,
    parabéns pelo blog! Fiquei feliz pela menção a meu bisavô Jeremias Caetano Júnior e ao vigário Luiz Gonzaga da Silva e Souza, meu tio-avô em terceiro grau.
    Gostaria muito de obter fotos e dados destes familiares. Ficaria grato por qualquer ajuda!
    João Andrade - joao.andrade@ymail.com

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